Hoje vi uma fila de luzes. Eram luzes de todas as cores, vermelhas, amarelas, verdes, e outras que apenas se limitavam a brilhar no escuro.
Sem caminho certo avancei sobre elas. Reparei que à medida que o fazia inconscientemente o meu próprio brilho desvanecia e se confundia com aquelas luzes que mais não faziam que iluminar um caminho que me parecia certo, mas que ao mesmo tempo me consumia.
Senti-me como que a deslizar numa corrente que ia a meu favor, quando reparei que não era a corrente que seguia comigo, mas sim eu que seguia a corrente.
Não quero ser consumido por luzes brilhantes, quero ter o meu próprio brilho. Não quero seguir a corrente, quero desbastar o mato da minha vida, por mim sem a falácia da multidão.
Quero ter uma orgia de pensamentos a correrem-me as veias e que cada segundo conte pela sua importância estrondosa que devia ter, mas que não tem.
Que tudo o resto que importa hoje seja o que não importa amanhã, que os objectivos se clarifiquem de uma vez por todas, e que a minha importância não se resuma à minha ignorância, quero ser reconhecido pelo que sou cá dentro e não pelo que deito para fora.
Se um dia a vida me pregará outra rasteira? Se as luzes continuarão a apagar-me e a corrente a arrastar-me? Dir-vos-ei noutro dia qualquer.
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