segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Nós

Cada dia que passa, cada hora, cada minuto, cada segundo…
A vida passa, sem contemplações, e quando menos esperamos olhamos para trás e aquilo que vemos não é aquilo que esperávamos ver.
Aqui há uns dias, vi um antigo 1º ministro, aquele que é agora empresário dono de uma rede de televisão dizer que o “povo português é pessimista por natureza” que quando nos perguntam se está tudo bem respondemos um tímido mais ou menos, que não somos capazes de responder, com um “está tudo óptimo”.
No que diz respeito a essa questão eu gostaria de focar que o pessimismo existente nos portugueses existe sim senhor, mas em grande parte, devido a pessoas como esse senhor que nos governaram e continuam a governar, que durante anos não foram capazes de nos dar algo com que nos orgulhássemos, com que fossemos capazes de olhar para trás e disséssemos “afinal aqui está algo bem feito”.
Sim realmente, temos pontes, estradas, a até projectos para novos aeroportos, mas…, falta-nos algo que realmente nos diga que valeu a pena estes anos de sacrifício em que passámos fome, tivemos uma péssima gestão na saúde, na educação e em quase tudo o resto, excepto naquilo que realmente interessa €uros de construtores e empreiteiros sempre dispostos a receber uma parte choruda dos nossos impostos.
A sociedade, não é só economia, também é espírito, e principalmente solidariedade para com o próximo. Uma sociedade deve ser una, indivisível, com valores fortes de cidadania e principalmente de justiça, que nos é negada de dia para dia, com leis que apenas visam retirar trabalho aos tribunais, de forma a que, estes consigam ultrapassar as pilhas de processos que se acumulam nos seus corredores.
Para cúmulo agora temos uma ASAE que mais parece uma polícia política, mas que em vez de nos reprimir politicamente, nos tenta reprimir culturalmente, economicamente e no que diz respeito à sua forma de agir deixa muito a desejar…
Parece que tudo à nossa volta está impingido de germes e a ASAE é a lixívia que os vai aniquilar de uma vez por todas. Nem a célebre ginginha escapou, talvez o próximo seja o casino Estoril… ai desculpem, afinal os casinos são de outro planeta e parte integrante da nossa cultura, o Júlio César que o diga.

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